Gampopa – A Preciosa Guirlanda do Caminho Supremo

Queridos(as) Amigos(as),

É com alegria que iniciaremos o estudo do texto de As Instruções de Gampopa: A Preciosa Guirlanda do Caminho Supremo, por sugestão e sob orientação do nosso querido Lama Trinle. A escolha tem um grande significado para nós. Como o próprio Gampopa disse, pouco antes de sua morte: “No futuro, aqueles que pensarem, ‘Alas, eu não pude encontrá-lo’, deverão simplesmente estudar e praticar os textos que compus: A preciosa guirlanda do caminho supremo e O precioso ornamento da liberação e outros. Isso será o mesmo que encontrar-me pessoalmente; não há nenhuma diferença em particular. Aqueles que estiverem encontrando dificuldades de compreensão e prática do dharma pensem em mim e supliquem com devoção. As bênçãos surgirão naturalmente”.

Em seguida, Gampopa destacou: “Muitas coisas ruins podem acontecer com os seres sencientes e é difícil beneficiá-los. Não faça esforços para construir assentos do dharma, imagens, estupas e daí por diante. Praticar o dharma corretamente , de acordo com os ensinamentos é o verdadeiro assento, a vida e a liberação dos lamas”.

Gampopa viveu ao longo dos séculos XI e XII, foi casado e teve dois filhos. Subitamente a vida levou toda a sua família e no leito de morte de sua esposa ele prometeu dedicar sua vida à prática do dharma. Aos vinte e seis anos tomou a ordenação completa de monge e recebeu o nome de Sonam Rinchen. Gampopa seguiu a tradição Kadampa, originária do mestre Atisha, e durante o seu percurso de prática tornou-se o principal discípulo do grande yogi Milarepa, aluno do tradutor Marpa, detentor da linhagens de prática de Naropa e Tilopa.

Também merece destaque sua relevância para a gloriosa linhagem Shangpa. De acordo com a autobiografia do grande Mokchokpa, jóia da Gloriosa Shangpa: “Depois da morte de Khyungpo Neljor, passei dois anos em retiro solitário. Então, para esclarecer algumas dúvidas da minha prática, eu parti para encontrar Lama Gampopa, tendo-o encontrado numa caverna. Lama Gampopa estendeu seus braços e colocou uma kata branca em minhas mãos. Deixando seu bambu de caminhada no chão, ele se dirigiu a mim e disse: “Você é meu discípulo e nós fomos mestres, um do outro, por muitas vidas. Mas essa é a primeira vez que nos encontramos nessa vida. Com lágrimas nos olhos ele cantou um canto vajra (…)”.

Ao longo dos nossos estudos utilizaremos como referência os comentários do nosso querido Khempo Karthar Rinpoche, que visitou nosso Centro de Dharma em Brasília/DF – Kagyu Pende Gyamtso, em 2008. Dedicaremos nossa prática à longa vida de Khenpo Khartar Rimpoche e dedicaremos todos os méritos acumulados por nossa conduta de estudo e prática ao nosso querido mestre Khyabje Kalu Rinpoche. Que sua atividade possa florescer em sua plenitude para o benefício de todos os seres sencientes, sob os auspícios das dakinis de sabedoria da Gloriosa Shangpa.

Lama Wangdu


 

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