Bodhisatvacharyavatara 25 – Capítulo 5: A Vigilância

 

Trabalhar incessantemente e sem conceito para o benefício de todos os seres.

No ensinamento de hoje, foram tratados os versos 1 a 8 do Capítulo 5: Guardar a Vigilância. (Incentivamos que o capítulo seja lido antes de ouvir os ensinamentos e também depois – clique aqui para acessar o texto).

No contexto do Mahayana (e também do Vajrayana) o a aspiração do praticante é alcançar o estado de Buda para beneficiar todos os seres. Portanto o resultado do despertar é a Atividade Iluminada, que consiste em trabalhar incessantemente e sem conceito para benefício de todos os seres.

Contudo não é preciso esperar o despertar para agir em benefício dos seres. A atividade do bodhisatva começa com pequenos atos que estão ao nosso alcance. E, para que as oportunidades de praticar ações positivas e evitar ações negativas sejam aproveitadas, é necessário desenvolver a consciência, a atenção e a vigilância.

[1] Quem queira respeitar a regra tem de vigiar a mente com atenção; a regra é impossível de observar para quem não domina a instabilidade da mente.

[2] Mesmo os elefantes selvagens na voragem do cio provocam menos desgraças que este elefante, a mente desenfreada, em Avichi e nos outros infernos.

[3] Mas se o elefante da mente for bem agarrado pela rédea da atenção, todo o perigo se desvanece e todo o bem se oferece.

[4-5] Tigres, leões e elefantes, ursos e serpentes, todos os inimigos, todos os carcereiros dos infernos, fúrias e vampiros, todos são agarrados quando a mente é agarrada, todos são domados quando a mente é domada.

[6] E porquê? Porque todos os perigos e toda a panóplia de sofrimentos procedem da mente e só da mente, assim o disse o verídico [Buddha].

[7] Quem fabricou com empenho os engenhos do inferno? E quem o revestiu de ferro ao rubro? E essas mulheres vampiros, de onde vêm?

[8] Tudo isso procede da perversidade da mente, disse o Buddha; assim, ela é a única coisa a temer neste mundo.